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domingo, 9 de março de 2008

Fim da civilização

O fim da uma civilização, às vezes, não acontecesse do jeito que se imagina.
Imagem a seguinte situação: um dia as pessoas foram, aos poucos, deixando de querer aprender. De início isso não pareceria ser um grande problema, mas com o passar dos anos, os bancos das escolas ficavam cada vez mais vazios, faculdades fechavam por falta de alunos, computadores eram postos de lado já que ninguém queira nem conseguia mexer com eles. Aos poucos os bairros iam ficando sem energia, já que não havia técnicos que fizessem as usinas de distribuição de energia funcionarem. A água encanada também deixaria de chegar nas casas quando os técnicos que mantinham tudo funcionando morriam sem passar seus conhecimentos para outros. Carros e ônibus parariam nas ruas e avenidas por falta de manutenção. As indústrias aos poucos iriam fechando já que não achavam funcionários para colocarem no lugar daqueles que morriam, pois ninguém mais tinha o direito de se aposentar, pois se não as coisas parariam de funcionar.
Já imaginaram um mundo sem telefone, televisão, carro, computador, livros? Sem energia, sem dinheiro, sem comida, sem água? Voltaríamos à Idade das trevas, literalmente falando. Quem assistiu ao filme a Máquina do Tempo, baseada no livro de H. G. Wells, tem idéia de como seria esse final. No livro e no filme, o cientista que construiu a máquina do tempo vai parar mais de mil anos no futuro e o que ele encontra? Pessoas vivendo como no tempo das cavernas. Livros havia, mas se desfaziam ao toque. Foram guardados, mas ninguém se preocupou em lê-los. A civilização contemporânea tinha desaparecido e o homem voltou a ser um selvagem porque não utilizou mais o conhecimento para viver melhor.
É bem provável que alguns povos ou grupos de pessoas conservariam o máximo de conhecimento possível, mas somente para seu próprio uso, para que eles dominassem os ignorantes, como aconteceu com a Europa na Idade Média, quando todo o conhecimento era guardado nos mosteiros e poucos sabiam ler.
Junte a esse cenário um ambiente em franca modificação e o número de mortos aumentará em muito. Sem tecnologia e com a intensa intempérie os governos não teriam mais condições de manter as condições básicas de vida da população. Fome, doenças, “revolução” civil se seguirão, cenário muito semelhante ao inverno nuclear, futuro que muitos temiam, mas que chegará de qualquer maneira, mas não de uma guerra nuclear e sim porque as pessoas pararam de aprender.
O pior é que estas minha palavras provavelmente virarão areia já que o grau de desinteresse tem aumentado muito e um grande número de analfabetos funcionais sai das escolas todos os dias, sem ninguém tomar uma iniciativa de efeito.

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