Dois hobbits estavam sentados à beira do lago, balançando os pés na água fresca daquela manhã. Ambos fumavam cachimbo e pareciam perdidos em pensamento.
— Você acha que eles vêm, Merry?
— É claro que eles vêm, Pippin, senão não teriam enviado um
mensageiro tão peculiar!
— Eu não acreditei naquela árvore que se mexia devagarzinho
e que não fazia parte do bosque!
— Eu sempre achei que essa parte do bosque lembrava a
floresta de Fangorn — falou Merry, gesticulando com as mãos de maneira a
indicar a mata atrás deles.
— Eu quero tanto reencontrá-los que acho que tudo parece um
sonho! — suspirou Pippin.
— Não é sonho não, Pippin, a não ser que sejamos os sonhos
deles. Faz muito tempo que aquela empreitada terminou, e outras começaram, mas
essas são para pavimentar a esperança liberta das garras daquele ser. E veja
onde estamos! Somos cavaleiros de dois reinos fabulosos, governados por dois
grandes reis!
— E graças a isso e a toda a experiência do Frodo e do Sam,
pudemos fazer o expurgo do Condado, tornando esta terra mais abençoada desde
então! Lutamos contra aqueles que derrubam casas e florestas para encher seus
bolsos de ouro! — completou Pippin. — Mas não sei se foi o suficiente… Outras
terras, antes desconhecidas, e até os próprios mares estão sendo destruídos por
causa da ganância dos homens!
— Acho que faltam mais hobbits neste mundo — falou Merry —
hobbits como nós…
Eles estavam tão perdidos na conversa que se assustaram com
o barulho às suas costas! E olharam para trás bem a tempo de ver duas árvores
se movimentando… Não! Espere! Não eram só duas árvores! Eram várias! Mas
espere… Não eram árvores! Eram as pernas dos ents!
Merry e Pippin sorriram entre si e saíram correndo ao
encontro de Barbávore e os outros ents!
— Ora, ora, se não são Merry e Pippin! — Barbávore falou
muito pausadamente, como se fosse há muito tempo que ele vocalizara seus
pensamentos! — Dois… grandes… hobbits! Hum… rumm… humm…
— É muito bom encontrá-lo mais uma vez, Barbávore! — disse
Merry.
— Achei que nunca mais fôssemos nos encontrar de novo! —
completou Pippin.
— Hum… parece que as coisas… hum… aconteceram rápido demais,
sim… Não estava escrito que nos encontraríamos de novo… pelo menos não tão
cedo… — Barbávore falou e pareceu se perder em pensamentos.
— Conte-nos porque veio até aqui — pediu Pippin.
Barbávore olhou para os hobbits e depois se virou para trás,
para onde os outros ents esperavam:
— Trouxe alguns companheiros para que pudéssemos ajudar
vocês a explicar como viver em bem com a Terra!
— Explicar para quem? — perguntou Pippin.
— Para amigos de outras terras… terras que vocês não
conhecem, mas que precisam ser tocadas por seres como nós: ents e hobbits.
— Onde eles estão?
— Eles estão atrás de nós.
Eles foram primeiro ouvidos que vistos. Exclamavam alto sons
de surpresa e deleite e frases como: “Isto tudo é tão lindo!”.
Conforme saíram da floresta, foi possível ver que eram em
torno de 30 pessoas, entre homens, mulheres e crianças.
Os hobbits se aproximaram deles e os saudaram com o jeito
pomposo que adquiriram após serem sagrados cavaleiros, mas também maroto,
esbanjando simpatia.
Os convidados eram todos muito simpáticos e abertos a toda a
experiência oferecida.
No final, voltaram à sua dimensão sentindo-se melhores
pessoas. A intenção do encontro era fazer um debate, mas, no final, a prática
oferecida foi muito superior quando todos puderam pôr a mão na terra e sentir
toda a energia que vinha dela e como ela era uma fonte de energia positiva,
como uma "mãe".
Um lindo pôr do sol coroou o encontro e todos voltaram mais completos para seus lares. ❤❤❤
Muito obrigada a todos que proporcionaram esta magnífica
experiência.
@toca.sp
@bau.do.capivara
@sereia.luthien
@ocondado.vgp
@karenteramae
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