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sábado, 24 de maio de 2025

Marcha dos Ents no Condado! (Texto inspirado na experiência vivida No O Condado proporcionada pela Toca-SP)

    Dois hobbits estavam sentados à beira do lago, balançando os pés na água fresca daquela manhã. Ambos fumavam cachimbo e pareciam perdidos em pensamento.

    — Você acha que eles vêm, Merry?

    — É claro que eles vêm, Pippin, senão não teriam enviado um mensageiro tão peculiar!

    — Eu não acreditei naquela árvore que se mexia devagarzinho e que não fazia parte do bosque!

    — Eu sempre achei que essa parte do bosque lembrava a floresta de Fangorn — falou Merry, gesticulando com as mãos de maneira a indicar a mata atrás deles.

    — Eu quero tanto reencontrá-los que acho que tudo parece um sonho! — suspirou Pippin.

    — Não é sonho não, Pippin, a não ser que sejamos os sonhos deles. Faz muito tempo que aquela empreitada terminou, e outras começaram, mas essas são para pavimentar a esperança liberta das garras daquele ser. E veja onde estamos! Somos cavaleiros de dois reinos fabulosos, governados por dois grandes reis!

    — E graças a isso e a toda a experiência do Frodo e do Sam, pudemos fazer o expurgo do Condado, tornando esta terra mais abençoada desde então! Lutamos contra aqueles que derrubam casas e florestas para encher seus bolsos de ouro! — completou Pippin. — Mas não sei se foi o suficiente… Outras terras, antes desconhecidas, e até os próprios mares estão sendo destruídos por causa da ganância dos homens!

    — Acho que faltam mais hobbits neste mundo — falou Merry — hobbits como nós…

    Eles estavam tão perdidos na conversa que se assustaram com o barulho às suas costas! E olharam para trás bem a tempo de ver duas árvores se movimentando… Não! Espere! Não eram só duas árvores! Eram várias! Mas espere… Não eram árvores! Eram as pernas dos ents!

    Merry e Pippin sorriram entre si e saíram correndo ao encontro de Barbávore e os outros ents!

    — Ora, ora, se não são Merry e Pippin! — Barbávore falou muito pausadamente, como se fosse há muito tempo que ele vocalizara seus pensamentos! — Dois… grandes… hobbits! Hum… rumm… humm…

    — É muito bom encontrá-lo mais uma vez, Barbávore! — disse Merry.

    — Achei que nunca mais fôssemos nos encontrar de novo! — completou Pippin.

    — Hum… parece que as coisas… hum… aconteceram rápido demais, sim… Não estava escrito que nos encontraríamos de novo… pelo menos não tão cedo… — Barbávore falou e pareceu se perder em pensamentos.

    — Conte-nos porque veio até aqui — pediu Pippin.

    Barbávore olhou para os hobbits e depois se virou para trás, para onde os outros ents esperavam:

    — Trouxe alguns companheiros para que pudéssemos ajudar vocês a explicar como viver em bem com a Terra!

    — Explicar para quem? — perguntou Pippin.

    — Para amigos de outras terras… terras que vocês não conhecem, mas que precisam ser tocadas por seres como nós: ents e hobbits.

    — Onde eles estão?

    — Eles estão atrás de nós.

    Eles foram primeiro ouvidos que vistos. Exclamavam alto sons de surpresa e deleite e frases como: “Isto tudo é tão lindo!”.

    Conforme saíram da floresta, foi possível ver que eram em torno de 30 pessoas, entre homens, mulheres e crianças.

    Os hobbits se aproximaram deles e os saudaram com o jeito pomposo que adquiriram após serem sagrados cavaleiros, mas também maroto, esbanjando simpatia.

    Os convidados eram todos muito simpáticos e abertos a toda a experiência oferecida.

    No final, voltaram à sua dimensão sentindo-se melhores pessoas. A intenção do encontro era fazer um debate, mas, no final, a prática oferecida foi muito superior quando todos puderam pôr a mão na terra e sentir toda a energia que vinha dela e como ela era uma fonte de energia positiva, como uma "mãe".

    












Um lindo pôr do sol coroou o encontro e todos voltaram mais completos para seus lares. ❤❤❤

 

Muito obrigada a todos que proporcionaram esta magnífica experiência.

 

@toca.sp

@bau.do.capivara

@sereia.luthien

@ocondado.vgp

@karenteramae

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Minha vida - Parte I

 O que eu vou relatar aqui pode parecer roteiro de filme de tão trágico, mas infelizmente essa é a verdade. Por muito tempo não expus ao mundo meus problemas médicos, por medo da exposição, por medo do que outros pensariam, por medo de prejudicar minha família e agora, no final, ainda tenho medo. Mas não consigo mais guardar isto. Por que só eu sei o quanto eu sofro de dores, reais ou irracionais, mas continuo me mantendo ereta, continuo a olhar para a frente, para algum happy ending que nunca se tornará realidade. Como não tenho o intuito de contar toda a minha vida aqui (e acreditem é muito drama) me atenho a relatar os acontecimentos que tem feito com que a minha seja um inferno.

Sou portadora de uma mutação genética chamada de Síndrome de Li-Fraumeni[1], a qual impede que meu organismo ofereça defesas naturais contra o câncer. Qualquer desenvolvimento anormal de qualquer célula no meu corpo, (que seria extirpado se eu tivesse defesas) pode se tornar um tumor. Tanto que já tive câncer da tiroide duas vezes, assim como câncer de mama, tive que retirar um tumor do tamanho de uma batata pequena da veia porta do fígado, retirei o útero e o ovário, retirei pólipos das cordas vocais (quatro vezes), retirei também um pólipo maligno do intestino e tenho um tumor, ainda pequeno, no cérebro (tão pequeno que ainda não dá para operar). Some à isso problemas de artrose nos joelhos e toda coluna vertebral, asma (no momento leve mas que me fez ficar muito doente quando ainda tinha menos de um ano de idade até os 13 anos por causa de broncopneumonias recorrentes). Já se vão mais de 15 cirurgias e creia-me isso vai minando o espírito e a minha capacidade de superação. Já não dá mais para levantar, sacodir a poeira e seguir em frente. Estou com 56 anos e sei que quanto mais eu envelhecer, mais tumores vou ter, já que é assim que a mutação age. E para qualquer suspeita o tratamento consiste em remover cirurgicamente os tumores. Não tem outro tipo de tratamento. Todas as minhas células possuem essa mutação. Não posso doar órgãos ou sangue. E mesmo assim o governo do estado de São Paulo não me aposenta, quando a diretoria de ensino erra no meu tempo de serviço e fala que eu tenho que trabalhar mais dois anos! Sim, tenho vontade de me matar, e já tentei três vezes, mas sempre me impediram a tempo. Eu só queria ficar em casa e não ter que me preocupar em ir trabalhar em um lugar onde as pessoas não entendem que só quero acrescentar, ajudar, não substituir ninguém. Queria poder virar esta página da minha vida, mas parece que a minha cruz ainda está muito leve! Estou muito cansada. 😢😢😢

terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Inteligência artificial

Tem havido um frisson no ar por causa da chamada inteligência artificial. Mas não se enganem, porque ela não tem nada da nossa inteligência.
O Professor Miguel Nicolelis, no seu livro O verdadeiro criador de tudo demonstra que o mundo que vemos e interagimos é fruto do nosso cérebro. Mas ao contrário do nosso cérebro, que é analógico, segundo o mesmo Nicolelis, a Inteligência Artificial é digital o que limita em muito seu processo já que ela depende da programação feita por um programador, ou melhor, pelo cérebro dele.
Para aqueles que não entendem de programação a Inteligência Artificial atual parece mágica, mas ela é o coletivo de imagens e reações nossas que estão sendo armazenadas em grandes computadores desde o século passado quando câmeras de vigilância e trânsito passaram a armazenar nossas ações cotidianas que continuou através de computadores pessoais e celulares.
E é baseada nesse enorme número de dados que os denominados “devs” criam programas que são chamados de Inteligência Artificial. 
Ela é artificial porque foi criada por nós, mas do mesmo jeito que nós apresentamos comportamentos erráticos essa chamada inteligência também apresenta os mesmos erros de programação e por isso não deve ser total confiável.