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terça-feira, 6 de maio de 2008

Educação brasileira e o Titanic

Neste ano, os governos federal e estadual assumiram finalmente que a educação no Brasil está mal, podendo ser comparada ao Titanic quando ele bateu no fatal iceberg.
A defasagem de mão de obra especializada no mercado tem mais de 20 anos. Isso fez soar o alarme vermelho e hoje a situação está em sinal de alerta total.
A progressão continuada foi o iceberg que furou o casco da nossa Educação. Não que a idéia ou o conceito seja totalmente errada, mas sua aplicação é que foi equivocada.
O Titanic era considerado o navio mais rápido, moderno e seguro da época. O mesmo poderia se dizer da educação com a atual aplicação da progressão continuada.
Mas, ao invés de irmos a uma velocidade mais segura, a exemplo do que o Titanic deveria ter feito, desembestamos a aprovar alunos no ensino básico de maneira a desafogar os gargalos entupidos de alunos repetentes, sem atentar para a qualidade do ensino, sem avaliar se o aluno estava realmente aprendendo. Esse foi o iceberg que não vimos em nossa rota, e o nosso Titanic educacional bateu nele e afundou. Os que se salvaram forma aqueles alunos que encararam a sua formação como uma coisa preciosa e de valia, como valorizavam os sobreviventes do acidente com o Navio. Os que morreram forma aqueles alunos que não se adaptaram ao sistema e, como eram maioria, não havia estrutura logística nem força de vontade das autoridades públicas em salvar essas crianças, já que o que importava eram os números de aprovados e não a qualidade de sua aprendizagem.
O resultado que colhemos agora é assustador e muito preocupante: alunos do ensino fundamental que não sabem a tabuada e por isso não conseguem finalizar suas contas. Por fim, passam a não compreender a sociedade e duas tecnologias, e os impactos ambientais. Com isso crescem sem saber reivindicar seus direitos, nem como cumprir seus deveres.
Chega a adolescência e, durante os anos do ensino médio, se preocupam mais com a sociabilização dentro da escola dói que com sua formação básica.
Concluindo: nossas autoridades finalmente resolveram tomar alguma atitude de impacto para tentar, no mínimo interromper esse processo destrutivo da sociedade. Somente, depois que a situação for revertida é que poderemos pensar na continuidade de uma educação de qualidade.

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